sábado, 2 de janeiro de 2010

O que será da Missa na Forma Extraordinária em Franca?

Resido em Franca há quase dez anos, e muito me alegro em assistir à Santa Missa na forma extraordinária do Rito Romano desde que teve início com o padre Renato Leite e depois com Dom Diógenes, nosso bispo emérito. Quando este se acidentou e não pode mais celebrá-la, veio em nosso auxílio o padre Roberto Miranda, do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Mococa; este reverendíssimo sacerdote deixa, muitas vezes, seus afazeres para vir a Franca celebrar a Santa Missa para um agrupamento em torno de cem a cento e vinte pessoas.

Quando saiu a nomeação do novo bispo de Franca, fui pesquisar a seu respeito e muito me assustou a confirmação de suas amizades com Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Luciano Mendes de Almeida, pela temerária ligação com a marxista TL.

O que dizer? O que fazer?

Silenciar o coração e rezar. Confiemos na Providência Divina e esperemos que a Verdade prevaleça e que os corações se convertam ao Pai e não à idéia de um banquete como antecipação do mundo pós-revolucionário. Caridade sim, mas guiada pela Verdade.

Que os bispos obedeçam a Pedro e que o Vigário de Cristo esteja sob a proteção de Maria Santíssima e São Miguel.

Abaixo, estão o vídeo da primeira Missa Tridentina celebrada por Dom Diógenes aos 29 de dezembro de 2007, uma entrevista do novo bispo de Franca, Dom Pedro Luíz Stringhini, feita pelos Arautos do Evangelho (Biografia) e os comentários do Danilo Augusto do blog Igreja Una.





Os Católicos Tradicionais de Franca terão problemas?

O Motu Proprio Summorum Pontificum tem quase três anos e poucas foram as dioceses brasileiras que o aplicaram de forma exemplar, ou melhor dizendo, poucas foram as dioceses brasileiras que o aplicaram. Uma dessas poucas porções do povo de Deus foi a diocese de Franca, onde o próprio bispo emérito foi encarregado de rezar as missas. A repercussão foi tão positiva que a diocese virou "um modelo viável" para a aplicação efetiva e pacífica do documento na realidade brasileira. Um modelo, infelizmente, que nenhum bispo ousou imitar.

Claro, tem Niterói (RJ), onde há uma convivência fina entre o arcebispo e a missa. Em outras dioceses há uma tolerância mais ou menos pacífica para com o rito extraordinário da liturgia católica, como é o caso de São Paulo, Curitiba, Belém, Olinda-Recife e só.


Tivemos nesta semana o anúncio de novas nomeações episcopais por parte do Santo Padre. O que nos chamou a atenção foram duas nomeações. A primeira, recebida com certo alívio, é de Dom Alberto tornando-se arcebispo de Belém e deixando o potentíssimo cargo de Primaz do Brasil vago para um futuro sucessor do Cardeal de São Salvador (minhas fichas continuam em Dom Walmor). A segunda foi justamente a nomeação de Dom Pedro Luíz Stringhini como bispo de Franca.


Ai, ai, ai! Dom Stringhini não é o bispo do caso do Dia do Trabalho? Não é ele o mesmo que declarou absurdos sobre a participação das Caóticas pelo Direito de Matar no DVD da Campanha da Fraternidade sobre a Defesa da Vida? Não é ele mesmo um autêntico representante da velha-nova safra da Teologia da Libertação, que começa algumas de suas cartas com "Companheiros e companheiras"? Sim, é ele mesmo. O então bispo auxiliar de São Paulo é um autêntico bispo que encarna os áureos tempos do cardeal Arns. Tempos que queremos, precisamos e vamos esquecer; tempos que serão lembrados apenas nos livros de história da Igreja do Brasil, em notas de rodapé.


Minha grande preocupação é com a sobrevivência da missa tradicional em Franca. Ora, poderão pensar alguns, mas ele não vem justamente de uma diocese onde há vários centros de celebração da missa antiga? Sim, mas uma coisa é a missa celebrada em três ou quatro capelas numa arquidiocese do tamanho de São Paulo, com uma população católica equivalente a um pequeno país e comandada por vários bispos auxiliares e vigários; outra coisa, bem diferente, é a celebração desta mesma liturgia numa pequena diocese de interior com um único "moderador da liturgia", leia-se bispo.


Sabemos (e como!) que os bispos podem obstruir, sufocar ou proibir informalmente a missa antiga. Os motivos que levam um bispo a uma atitude de tamanho desrespeito para com o Santo Padre e, principalmente, de intolerância extrema para com os católicos de índole tradicional são tantos, mas todos possuem sua raiz no orgulho, o mais sinistro dos pecados, como bem apontou o ex-secretário da Congregação para o Culto Divino, Sua Quase-Eminência Dom Malcon Ranjith.


Evidentemente que não estou dizendo que tudo isso acontecerá, que se armará uma guerra troiana em Franca, como já temos visto com triste frequência no interior paulista. Espero sinceramente que Dom Stringhi respeite a "sensibilidade" (eu sei, não é o termo correto, é uma questão de fé, mas falemos num idioma que o episcopado brasileiro entende...) dos católicos tradicionais em Franca, permitindo a missa como até agora se permite e - será que é pedir demais? - até inicie com eles uma boa relação paternal.


Bispos da libertação não têm bons antecedentes de tolerância para com a missa antiga ou para com qualquer coisa que não esteja na agenda da emancipação dos pobres, etc. Esperemos que Franca rompa também com esse mito e volte a ser um modelo para o restante do Brasil. Ao novo bispo eleito de Franca nossos profundos votos de um bom ministério episcopal, sempre objetivando a salvação das almas.

Fonte: Igreja Una

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