terça-feira, 23 de março de 2010

A Catedral de Notre-Dame de Paris não é uma sinagoga nem um templo maçônico.


Cerca de cinquenta jovens católicos procedentes dos movimentos Civitas, MJCF (Movimento da Juventude Católica da França) e Jovens de Saint-Nicolas [du Chardonnet], impediram a realização da conferência de Quaresma (!) do rabino Krygier na nave da catedral parisiense de Notre-Dame.

Antes mesmo que o rabino pudesse tomar a palavra no domingo, 21 de março, em Notre-Dame de Paris, e enquanto o Cardeal André Vingt-Trois concluía a sua introdução, um dos manifestantes se levantou e propôs a recitação de um Terço em “reparação a este escândalo”.

Após o início da oração, as autoridades pediram aos jovens que se calassem e o som do órgão se sobrepôs à voz dos jovens. Eles entregaram também folhetos explicando sua ação aos presentes. Mons. Jacquin, reitor da catedral, chegou ao ponto de ameçar uma senhora de colocá-la fora da igreja à força.

Tratava-se do primeiro discurso de um rabino na catedral em toda a História.

Após alguns minutos de interrupção, a conferência foi reiniciada com o rabino pronunciando seu discurso na sacristia, ao lado do cardeal, enquanto os fiéis que recitavam o Terço eram convidados a deixar o local pelo serviço de segurança. Ao sair, cantavam “Christus Vincit” e o famoso canto composto por São Luis Maria Grignon de Montfort “Vive Jésus, Vive Sa Croix”.

Os jovens continuaram seu Terço do lado de fora da catedral em reparação e pela conversão dos judeus. Ao fim do evento, os jovens tentaram exibir uma bandeira com os dizeres: “Notre Dame não é uma sinagoga”, mas foram impedidos pelos policiais.

O superior do Distrito da França da Fraternidade São Pio X, Pe. Régis de Cacqueray, ao felicitar os jovens pela iniciativa, afirmou: “A catedral de Paris não é uma sinagoga nem um templo maçônico”.

A conferência fazia parte da série “Vaticano II, uma bússola para o nosso tempo”, promovida pelo Cardeal Vingt-Trois durante a Quaresma. A iniciativa busca expressar a adesão do episcopado francês, do qual o Cardeal é presidente, ao Concílio Vaticano II e suas reformas em um período em que este se vê contestado e que a discussão de seus documentos é oficializada por Roma.

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