segunda-feira, 22 de março de 2010

Mons. Bux à agência Zenit

“A reforma da liturgia, termo que deve ser entendido, de acordo com a Constituição litúrgica do Concílio Vaticano II, como instauratio, ou seja, restabelecimento no lugar certo na vida da Igreja, não começa com Bento XVI, mas com a própria história da Igreja, dos apóstolos até o tempo dos mártires, com o Papa Dâmaso a Gregório Magno, de Pio V e Pio X a Pio XII e Paulo VI. A instauratio é contínua, porque há sempre o risco de que a liturgia perca seu pôsto, que é a de ser fonte de vida cristã; a decadência ocorre quando se submete o culto divino ao sentimentalismo e ao ativismo pessoal de clérigos e leigos, que penetrando no culto o transformam em obra humana e entretenimento espetacular: atualmente um de seus sintomas é dado pelos aplausos na igreja, que acompanham indistintamente o batismo de um recém-nascido e a saída de um ataúde em um funeral. Uma liturgia transformada em entretenimento, não precisa de reforma? Isto é o que Bento XVI está fazendo: como emblema de sua obra reformadora permanecerá sendo a restauração da Cruz no centro do altar, a fim de dar a entender que a liturgia é dirigida ao Senhor e não ao homem, mesmo que seja um ministro sagrado.”
Mons. Nicola Bux

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